Perashá Chuca – 08 de Tamuz de 5781 – 18 de junho de 2021

1) Perashá Chucat: Bamidbár/Números 19:1 – 25:09 – Aventuras, ação e mistério, enquanto o Povo transpõe o deserto, no seu 38° ano. Primeiro, as leis sobre a Pará Adumá, uma vaca vermelha que, depois de abatida, era queimada com madeira de cedro, hissôpo (uma espécie de planta) e lã escarlate. As cinzas eram, então, misturadas com água e usadas para a purificação daqueles que tinham entrado em contato com mortos. Estranhamente, todos os envolvidos na preparação das cinzas e de sua mistura com água tornavam-se ritualmente impuros, mas todos os que eram aspergidos com esta água tornavam-se ritualmente puros. Miriam, irmã de Moisés e profetisa, morre. O poço que acompanhava os Israelitas, no deserto, por seu mérito, pára de jorrar. Novamente o Povo se rebela contra Moisés e Arón por causa da falta de água. D’us manda Moisés falar com determinada pedra, pedindo-lhe água.  Moisés bate na pedra, ao invés de falar com ela, e a água jorra abundantemente.

Entretanto, D’us pune Moisés e Arón por não O santificarem, proibindo sua entrada na Terra de Israel. Também, Aron morre. Seu filho Elazar é apontado novo Sumo-Sacerdote. O rei cananeu de Arad ataca os Israelitas e é sonoramente derrotado. Aí acontece uma nova rebelião por comida e água, que é respondida por D’us com uma praga de cobras venenosas. Moisés ora pelo povo e é instruído por D’us a colocar uma cobra de bronze no alto de uma estaca. Todos que foram picados, ao olharem para cima para enxergá-la, pensariam em D’us, se arrependeriam e, então, curar-se-iam. As Israelitas aniquilam os Amoreus e Bashanitas, que não apenas não nos deixaram passar pacificamente por seu território, mas ainda nos atacaram.

2) Dvar Torá: baseado no livro, “Ame O Seu Proximo”, do rabino Zelig Pliskin – A Torá declara: “Moises e Arón reuniram o Povo na frente da rocha e Moisés disse para eles: ‘Ouçam, rebeldes'” (Bamidbár/Números 20:10). Moises foi punido por sua declaração. D’us lhe comunica: “Você não trará o Povo para a terra que Eu prometi dar a eles”. Qual foi seu erro? O Midrásh (os comentários sobre a Torá) explica que qualquer pessoa que sirva como líder do Povo precisa ser muito cuidadosa em relação à forma como se dirige a ele. Temos diversas provas disto pelo Tanak (o livro que reúne a Torá, os Profetas e as Escrituras Sagradas). Yeshaiáhu (Isaías) disse a D’us: “Eu sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um Povo de lábios impuros (Isaías 6:5)”.

Por esta declaração ele foi severamente punido. Eliahu (o profeta Elias) disse a D’us: Tenho sido muito fervoroso para o Senhor das hostes; porém os Filhos de Israel têm abandonado Sua aliança (Reis I, 18:10). Ele foi severamente punido por esta declaração (Talmude: Yalkut Shimoni 764). Nossa Lição: Cada um de nós, especialmente nossos líderes e rabinos, precisa ser muito cuidadoso ao fazer declarações categóricas sobre o Povo Judeu ou sobre a Terra de Israel, seja sobre segmentos dele ou sobre o todo.

3) Datas para Lembrar História Judaica: Domingo, 13 Junho, 3 Tamuz, Yehoshua parou o sol (1273 AEC) No dia 3 de Tamuz do ano 2488 da Criação (1273 AEC), Yoshua estava liderando o povo judeu em uma das batalhas para conquistar a Terra Santa. A vitória era iminente, mas a noite se aproximava. “Sol!”, comandou Yoshua, “permaneça em Giv’on; Lua! No Vale de Ayalon!” (Yoshua 10:12). Os astros obedeceram suas ordens, paralisando suas rotas no céu até que o exército de Israel concluísse a batalha com sucesso.

Rabi Yossef Yitschac de Chabad é libertado da prisão (1927) O Sexto Rebe, Rabi Yossef Yitschac Schneersohn (1880-1950) é preso em 15 de Sivan de 1927 por agentes da GPU, (polícia secreta soviética) e pela Yevsektzia (“seção judaica” do partido comunista) por seu trabalho de preservar e disseminar os ensinamentos e práticas judaicos por todo o Império Soviético. Mantido na temida prisão de Spalerno, Leningrado, era seguidamente interrogado e torturado. Inicialmente condenado à morte, uma pressão internacional levou o regime soviético a alterar a sentença para 10 anos de trabalhos forçados na Sibéria, e depois, para três anos de exílio em Kostrama, uma cidade no interior da Rússia. No dia 3 de Tamuz, 18 dias após sua prisão, foi libertado sendo-lhe permitido permanecer por 6 horas em sua casa antes de ser levado à estação de trem de Leningrado onde embarcaria para seu exílio. Ao ser condenado a trabalhos forçados na Sibéria, na hora de entrar no trem, o Rebe fez um discurso dramático, bem na frente de todos os agentes e policiais e disse: “D’us nos prometeu que nunca nos abandonará e não foi pela nossa vontade que fomos para o exílio e não será com a nossa capacidade que sairemos dele.

D’us fez e fará tudo isto e que todos os povos do mundo saibam, que apenas nosso corpo foi para o exílio, e não nossa alma. E que saibam todos que ninguém é capaz de impôr algo contra a Torá e mitsvot em nossa vida”.Em 1941, o Rebe chegou aos Estados Unidos e iniciou-se um novo capítulo completamente diferente na história do judaísmo e de lá, para o mundo todo. A primeira frase do Rebe ao chegar aos Estados Unidos foi: “A América não é diferente. “- E lá ele se dedicou com aquele mesmo espírito de empenho e sacrifício do qual hoje colhemos os resultados.

4) Segunda-feira, 14 junho, 4 Tamuz, Falecimento de Rabi Yaacov ben Meir de Romereau (1100-1171), conhecido como “Rabeinu Tam”, era neto do Rashi (Rabi Shlomo Yitschaki, 1040-1105), e um dos autores fundamentais do comentário Tosafat sobre o Talmud; o Bet-Din (tribunal rabínico) que ele liderava foi considerado como a principal autoridade de Torá em sua geração. Prisão do Maharam (1286) Rabi Meir ben Baruch (“Maharam”) de Rothenburg (1215?-1293), notável comentarista talmudico e importante autoridade halachica do judaísmo alemão, foi aprisionado na fortaleza de Ensisheim. Um enorme resgate foi imposto para sua libertação. O dinheiro foi angariado mas Rabi Meir recusou-se a permitir que fosse pago, para não encorajar posteriors sequestros de líderes judaicos. Ele faleceu na prisão após sete anos de cárcere. Terça-feira, 15 Junho, 5 Tamuz, Yechezkel tem a visão da “Carruagem” (429 AEC) Em 5 de Tamuz de 3332 (429 AEC), Yechezkel, o único dos Profetas a profetizar fora da Terra Santa, teve uma visão da “Carruagem” Divina representando a infra-estrutura espiritual da Criação. Quarta-feira, 16 Junho, 6 Tamuz, Resgate de Entebe (1976) Mais de cem judeus ameaçados de morte, feitos reféns por grupo árabe terrorista no aeroporto de Entebe, Uganda, foram resgatados pela Força de Defesa Israelense numa das missões de resgate mais ousadas da história, em 1976.e uma visão da “Carruagem” Divina representando a infra-estrutura espiritual da Criação.

5) Quinta-feira, 17 junho, 7 Tamuz, Leis e Costumes – Santificação da Lua – Uma vez ao mês, à medida que a lua aumenta no céu, recitamos uma bênção especial chamada Kiddush Levanah, “A santificação da lua”, louvando o Criador pela sua maravilhosa obra que chamamos de astronomia. Kiddush Levanah é recitada após o anoitecer, geralmente na noite de sábado.

A bênção é concluída com canções e danças, porque nossa nação é comparada à lua, pois ela aumenta e diminui, como temos feito no decorrer da história. Quando abençoamos a lua, renovamos nossa confiança de que muito em breve, a luz da presença de D’us preencherá a terra e nosso povo será redimido do exílio. Embora Kiddush Levana possa ser recitada até 3 dias após o ressurgimento da lua, a Cabalá nos diz que é melhor esperar uma semana inteira, até o sétimo dia do mês. Uma vez que tenham se passado 15 dias, a lua começa a diminuir novamente e a época para recitar a bênção passou.

6) Sexta-feira, 18 de junho, 8 de Tamuz, Acenda velas de Shabat antes do pôr-do-sol. Em Petrópolis RJ: 18/06: 17:08h; 19/06,Término de Shabat: 18:05h. Shabat, 19 Junho, 9 Tamuz, As muralhas de Jerusalém são rompidas (423 AEC) Os exércitos babilônicos do Rei Nabucodonosor rompem as muralhas de Jerusalém a 9 de Tamuz no ano 3338 (421 AEC); o Rei Zidikyahu de Judah foi capturado e levado para a Babilônia (Yirmiyáhu 39:5). Um mês depois, a captura de Jerusalém foi completada com a destruição do Templo Sagrado e o exílio de todos, exceto um pequeno número de judeus, à Babilônia). A data de 9 de Tamuz foi observada como dia de jejum até a segunda ruptura das muralhas de Jerusalém (pelos romanos) a 17 de Tamuz de 3829 (69 EC), quando o jejum foi transferido para aquela data. (Talmud, Rosh Hashaná e Tur Orach Chaim 549). Leis e Costumes – Ética dos Pais: capítulo 5 – Durante os meses de verão, a partir do Shabat após Pêssach até o Shabat anterior a Rosh Hashaná, estudamos um capítulo semanal de Pirkê Avot (Ética dos Pais) do Talmud em cada tarde de Shabat; esta semana estudamos o capítulo Cinco. Leis e Costumes – Leitura da Torá: Perasha Chukat (Bamidbar/Números 19:1-22:1); Haftará: Juizes 11:1-33: …

7) Para Contemplar – Os sábios dissem que o Segundo Templo foi destruído por causa de Sinát Chinám, ódio gratuito. As pessoas não tratavam umas às outras com respeito ou bondade.
Nossos Sábios nos ensinam que para o Terceiro Templo ser construído, precisará haver Ahavát Chinám, amor incondicional.

Pensamento da Semana: “Bondade consiste em amar as pessoas mais do que merecem!”

COM OS MELHORES DESEJOS PARA UMA SEMANA MUITO BOA, SAUDÁVEL E PRÓSPERA, E SHABAT SHALOM!

Coordenador: Saul Stuart Gefter, Diretor Executivo, 08 de Tamuz de 5781 – 18 de junho de 2021

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